Quando eramos mais novos não havia cá livrinhos com desenhos alegres e coisas bonitas e cores. A primeira vez que vi uma cor num livro já tinha idade para tirar a carta.
Os livros são um conjunto de folhas agrafadas entre si com determinada ordem que possuem estórias, contos, fábulas e coisas.
Os livros dos 5 eram fabulásticos.
"O cheiro a torradas invadia a casa. Tim saltava de alegria na varanda da cozinha feliz por ver toda a gente acordada. Zé, uma rapariga lesbiana de cabelo curto e camisa de flanela, estava sentada próxima de Sofia. Sofia era uma rapariga bem mais feminina com tranças e um top cor de rosa do HustlerBar em paris (aberto todos os dias das 21:00 às 5:00 servem casamentos e baptizados). Do outro lado da mesa estava David o "parvo" e Julio a "puta".
Maria, a empregada, fazia panquecas.
Peneirava a farinha com o fermento para uma tigela e abria uma cavidade ao centro. Deitava aí o açúcar.Misturava os ovos com o leite e juntava-lhe a margarina Vaqueiro derretida. Adicionava a essa mistura farinha e mexia bem até obter uma massa lisa e sem grumos. Tapou e deixou repousar durante 30 minutos. Deitou a massa em pequenas porções numa frigideira anti-aderente e cozia de ambos os lados sobre lume brando.
Enquanto isso, Zé falava com Sofia:
-Ai filha se soubesses quantas vezes eu pensei em estar contigo. Cada vez k me apertavas o soutien sentia uns arrepios na espinha. Ai tão boa e tão vaca que tu és. ando mt necessitada de te sentir... quero-te despir t toda e fazer t passar sua doida... Quero t abraçar como uma parva!
Zé chupava a colher de pau utilizada para fazer as panquecas com a lingua toda de fora exibindo um ordinário piercing. A sua camisa de flanela aberta exibia uma tatuagem de uma assinatura "Pablo el torero".
David grita muito alto! - Ai que já tou cheio da tesão!
Julio diz : Parem com isso... N tenho nada n sou ninguém... só me fodem... tudo me fode não consigo fazer nada bater certo... O medo fode-me... Apetece-me cortar me todo... ninguém me ama... ninguém me conhece... ninguém sabe seker o k sou... Tenho tanto medo de fazer as coisas k akabo por foder tudo... cortar me é a unica maneira de saber q estou vivo. Deus n me ama. Kk dia desapareço de vez mando foder tudo e todos mas de vez mesmo. é o mesmo k me matar... keria sentir alguma coisa... e não sinto... k sa foda tudo... Eu já não tenho nada a perder pois não? Fui feliz mas também o sou qd vejo o meu sangue. Gostava de conseguir dizer kero k td se foda como fazia antes... mas infelizmente não consigo.
Zé puxa o cabelo de Sofia e lambe-lhe metade da cara. Com a outra mão levanta-lhe a saia e aperta-lhe as coxas fazendo-a arder de desejo...
- Não... pára... - sussura Sofia enquanto sente a lingua de Zé a tocar lhe levemente nos lábios?
- Shiu... tu sabes o que sinto por ti.... tu sabes melhor k ninguém ... toda esta merda k nos rodeia não quer dizer nada... Tens é k saber o k tu sentes e o k eu te dou a sentir... Acredita em mim... só te kero a ti....
As mãos das duas tocam-se... os olhos fecham-se... o respirar quase que diminui... Enquanto se beijam não existe mais nada sem ser os sentimentos que sentem uma pela outra. As almas juntam-se e o universo começa e acaba ali... Aquele é o unico momento que interessa. Sentem-se completas... trocam um ligeiro sorriso e ao contrário do que possa parecer é o mais certo para ambas...
David exclama com toda a sua postura estupida e arrogante: Que grandes
vacas!!!
Ouve-se um extrondo na rua. Todos saiem para ver menos as 2 lesbicas...
Tim está debaixo de uma roda de um carro. As pessoas no carro riem-se. Começa a discussão. David é esfaqueado.
Não existe amor.